Keratos - Associação Europeia sobre patologias da superfície ocular e disfunções do sistema lacrimal    Afficher en Français  Display in English   Acesso ao site em Portugês
Logo: Keratos - Revenir au site, Back to site
Actualidades
Apresentação da Associação
Secura Ocular
Patologias
Alergias Oculares
Deficiências Invisíveis
Testemunhos
Centros de Interesse
Acções e Projectos
Contactos et Links
Glossário e Esquemas
 

Conservem os nossos Olhos não as Gotas!

 

 

 

 


      

 

Alergias Oculares

Alergias oculares

 

Alergias no quadro da secura ocular

As alergias são muitas vezes associadas a patologias da superfície ocular e, em particular à secura ocular. No mínimo, é verosímil que a falta de lágrimas aumente a concentração de alergenios no olho, pois limita a sua evacuação pelos meios naturais e acentue a inflamação da alergia.

Segundo parece, um grande número de pessoas que sofre de olho seco são sensíveis a alergias oculares e é possível que exista, por vezes, uma relação com as patologias palpebrais, nomeadamente a meibomite, blefarite, rosácea, etc…Por vezes evoca-se a alergia como a causa de algumas securas mas é difícil de determinar a fronteira exacta entre as duas patologias em alguns casos.

A alergia e a secura têm mecanismos inflamatórios que se acentuam mutuamente. Contudo, é certo que em alguns casos as alergias complicam o diagnóstico e os tratamentos de numerosas patologias da superfície ocular.

O facto dos anti-histamínicos terem, por vezes, uma acção secante das mucosas e dos colírios anti-histamínicos terem conservantes irritantes, tóxicos e com impacto na secura conduz a que os tratamentos das alergias para os portadores de síndromes de olho seco sejam muito difíceis, reduzindo as opções terapêuticas…por vezes a nada. A solução parece simples: identificar as moléculas anti-histamínicas com menos efeitos de secura e propor os anti-histamínicos eficazes numa versão sem conservantes.

As patologías alérgicas do olho

A alergia ocular tem vindo a tornar-se, nos casos mais ligeiros, numa banalidade e de uma frequência muito elevada. Sem dúvida, o resultado do aumento da proporção de alergias e de outros factores que potenciam estes fenómenos, como a poluição interior e exterior, a gestão catastrófica do nosso ambiente. Os alergenios como os pólenes, os ácaros, por vezes certas substâncias químicas que provocam intolerâncias, produtos cosméticos, pelos e plumas de animais, etc…Assim, por exemplo, é evidente que se tantas pessoas são alérgicas aos pólenes dos plátanos, é porque existe uma omnipresença massiva destas árvores nas cidades e ao longo das estradas. Um fenómeno similar explica também a explosão de alergias às ambrósis e os ciprestes que são por vezes utilizados como ornamento. É certo, que as associações de defesa de árvores nas cidades protegem estas espécies, contudo de um ponto de vista sanitário e de saúde, nada justifica a presença de qualquer espécie de alergenios concentrados nas cidades. É necessário apostar numa gestão sã do parque arborícola das cidades

Pela primeira vez, pelo menos do nosso conhecimento, no estado de Conecticut nos EUA um bebé alérgico em que a sua vida estava ameaçada por árvores alergenas obteve o direito de as arrancar (e nada impede a sua substituição por espécies menos nocivas do ponto de vista de saúde pública).

A asma e a alergia ocular grave têm repercussões e uma tal frequência que estes aspectos devem ser tomados em consideração na gestão das cidades.

Apresenta-se uma imagem de uma pálpebra com uma alergia com formação de papilas por Dr. Edouard Benois..

O site http://www.vegetation-en-ville.org/ mostra bem que os poderes públicos deviam interessar-se sobre este assunto, sob pena da factura em termos de saúde e de handicaps profissionais aumentar significativamente.

Em todos os casos existe uma alergia, ou seja uma reacção imunitária excessiva devido a uma produção de IgE com produção de histamina, de prostaglandinas, de leucotrienes e quinimas. Os corpos (e o olho em especial) vão também reagir ao que vão interpretar incorrectamente como uma agressão já que na maior parte dos indivíduos não têm qualquer manifestação.

Dois tipos de alergias frequentes, as quais representam mais de metade das alergias oculares, são associados a fortes taxas de IGE nas lágrimas:

 

-         A conjuntivite alérgica, que é uma reacção inflamatória da conjuntiva (membrana fina que cobre o olho e o interior da pálpebra) similar à rinite alérgica com a qual tem pontos comuns e está por vezes relacionada. Os olhos podem ficar vermelhos, com a sensação de queimadura, picaduras ou de arranhados. A luminosidade é difícil de suportar (fotofobia). As pálpebras tornam-se vermelhas e inchadas, pode acontecer o inchaço da conjuntiva (chemosis), ser visível uma marca mais escura no contorno dos olhos e a secreção de mucos. Este tipo de alergia afecta pouco a córnea, é forma mais frequente e menos grave de alergias oculares. Esta reacção de tipo I é muitas vezes devido a abundância de pólenes na Primavera e no Verão. Utiliza-se o termo de kerotoconjuntive alérgica pois afecta igualmente a córnea e não apenas a conjuntiva.

-         A conjuntivite peranual que dura todo o ano é resultante da presença de ácaros ou pelos de animais na casa onde habita a pessoa com a alergia. Geralmente, trata-se de uma forma ligeira, sendo de algum modo uma variante da conjuntivite alergia, com a qual partilha a maior parte dos sintomas.

Mas existem outros tipos de alergias mais raras e mais graves que continuam pouco conhecidas da população em geral. Parece que combinam uma sensibilidade do tipo I e do tipo IV:

-         A conjuntivite vernal é uma forma essencialmente masculina e infantil que desaparece muitas vezes na adolescência. Trata-se de uma forma grave de alergia ocular pois por vezes conduz a ulcerações que comportam sempre um risco de perda visual importante e definitiva. Estas ulcerações situam-se muitas vezes na parte superior da córnea e formam-se papilas sobre a conjuntiva principalmente sobre a pálpebra superior.

-         A conjuntivite atópica encontra-se essencialmente nos sujeitos com predisposição atópica (eczema, asma e outras manifestações alérgicas) sobretudo em sujeitos do sexo masculinos com idades compreendidas entre os 30 a 50 anos. É uma forma grave de alergia que pode conduzir à ulceração a qual comporta um risco de perdas visuais significativas e definitivas.

Keratos está registada  junto da Orphanet como associação que trabalha sobre as duas patologias anteriores

A conjuntivite giganto-palpebral está associada, muitas vezes, ao uso de lentes de contacto (ou à presença de um outro corpo estranho no olho) e por vezes relacionado com os conservantes das soluções para limpar as lentes. Esta conjuntivite provoca papilas enormes nas pálpebras, sobretudo nas pálpebras superiores.

As patologias alérgicas

As consequências sobre os olhos são:

Eczema palpebral: trata-se de uma reacção alérgica da pálpebra devido a colírios e maquilhagem em grande parte dos casos.

Apresenta-se um exemplo de uma pálpebra com eczema por Dr Edouard Benois.

-        

 

 

Blefarite alérgica: Trata-se de uma inflamação das pálpebras devido a pólenes, medicamentos, creme, maquilhagem, cujas consequências sobre os olhos são muitas vezes subestimadas. Pode provocar uma inflamação das glândulas do meibomius e perturbar a camada lipídica das lágrimas e consequentemente a sua estabilidade.

 

Go to International Home - Afficher accueil international

  copyright © Keratos 2005-2007